Um | Dois
Era sábado. Já era tarde, mas nesses dias de horário de verão o sol teima em ficar no céu iluminando-os. O casal está no parque, passeiam de mão dadas. Conversam coisas triviais, interagiam com a paisagem como ninguém. O silêncio permanecia em seus sorrisos tímidos. Quebrou-se:
- Quanta coisa passamos né?
- É, mas eu sempre soube que no fim...
- No fim o que?
- ...Que no fim estaríamos aqui, assim.
Ela olhou o horizonte; mesmo depois de tanto tempo, ela ainda tinha coisas entaladas na garganta, uma agonia típica dela... Estava angustiada com a expressão calma de seu par. Tomou fôlego e tentou dizer algo, ele a interrompeu antes de qualquer palavra:
- Eu não me arrependo de absolutamente nada, espero, aliás acredito que você também não...
Ela apenas sorriu e consentiu.
Antes do beijo oportuno, uma pequena mãozinha puxou sua blusa:
- Mãnhê, olha o que eu trouxe pra você - Uma menina de largo sorriso e belos olhos lhe entrega uma singela flor branca.
- Own, obrigada meu amor. - Disse a moça meio desconcertada.
Seus olhos brilhavam, ela olha nos olhos dele. O mesmo sorriso tranquilo. Então ela brinca:
- Tá vendo? Eu tenho uma flor.
- Ah é? Eu tenho duas...
Beijam-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário