3 de junho de 2011

Silêncio

Leio, releio... e cada palavra passada dita ou escrita me vêm a memória.

Minha dama efêmera, cruel... não fui eu quem a criei, mas lhe abri os olhos. De olhos abertos ela pôde ver, que não sou único apesar de especial.
Queria ser eterno, mas mesmo que ela também queira, a vida apenas começou pra ela que tem medo de amar...
Queen of broken hearts sempre foi, escolha de alguem que com um golpe só foi dilacerada, virou cinzas e se reergueu, bateu asas e voou. Enquanto alçava voo, aqueles que estavam em terra firme tentaram derrubá-la, por vezes conseguiram, e isso a tornou ainda mais amarga, não se importava mais em ser abatida, e como um animal acuado, passou a fugir de quem se aproximava demais. Não quis mais voar, pousou, pousou longe, em meus ombros.

Nos ombros de alguém que como ela, preferia fugir das pessoas, mas não por medo de amar, mas sim por amar demais e nunca ter seu sentimento completo.
Se completaram, mas como Romeu e Julieta, foram impedidos de estarem juntos, um conto de fadas que ambos sabiam "Vai ficar cada vez pior". Foi ficando, e o tempo, o desejo, a vida, foram levando a magia embora...
Estão encurralados. Não aprenderam um com o outro a lição maior disso tudo.
Amar.
Ele quer amar como razão de vida. Ela quer viver sem sofrer por amar.



Não vou mentir, não poderia ser pior, nem no jeito nem no momento. Não quero me acorrentar a ti pra culpá-la. Jamais viveria a sombra da compaixão, à obrigação. Mas sei que não estou bem, que não está bem... e se for não estarei bem.

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